VASCO MOUZINHO DE QUEVEDO
( Portugal )
Vasco Mouzinho de Quebedo e Castelbranco (séc. XVI – séc.XVII) foi um poeta português nascido em Setúbal.
Vasco Mouzinho de Quebedo ou Quevedo é descendente da nobre família dos Quebedos, de Setúbal, de uma forma ou outra sempre ligados à corte, às leis e às letras, nasceu provavelmente na década de 1560/70 e faleceu na década de 1620/30, formou-se também em Direito Canónico e Civil pela Universidade de Coimbra (entre 1585 e 1596).É filho de Francisco Mousinho e neto do clérigo Vasco Anes de Mousinho. Talvez por esta condição de filho natural no seio da família, não se encontre referências do poeta nos registos paroquiais.A sua primeira obra, o Discurso sobre a vida e morte de Santa Isabel, Rainha de Portugal, e outras varias rimas (Lisboa, Manoel de Lyra, 1596) é um poema épico à vida e morte da Rainha Santa Isabel e as outras varias rimas são 50 sonetos, seguidos de 51 emblemas, um poema em tercetos, uma écloga incompleta, 28 romances e 38 glosas.Publicou também o poema épico Afonso Africano (Lisboa, António Álvares, 1611), com base no qual Almeida Garrett afirma de Quevedo: «depois de Camões, o nosso primeiro épico».Há ainda alguns poemas dispersos e o manuscrito Dialogos de varia doctrina (de que apenas se lhe conhecem referências).A publicação da sua última obra, o Triunfo del Monarca Filipe Tercero en la feliccisima entrada de Lisboa, (Lisboa, Jorge Rodrigues, 1619), em momento de generalizado repúdio contra a Dinastia Filipina, granjeou-lhe a fama de antipatriota – o que é considerado infundado (ver A questão filipina em Referências e Fontes) e terá provocado o esquecimento a que foi votado.
Autor de Afonso Africano, Lisboa, 1611.
Fragmento de biografia extraído de:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasco_Mouzinho_de_Quebedo
LIVRO DOS POEMAS. LIVRO DOS SONETOS; LIVRO DO CORPO; LIVRO DOS DESAFOROS; LIVRO DAS CORTESÃS; LIVRO DOS BICHOS. Org. Sergio Faraco. Porto Alegre: L.P. & M., 2009. 624 p. ISBN 978-85-254-1839-1839-5 Ex. bibl. Antonio Miranda
MERETRÍCIA PROCACITAS
A hera, se com seus nós
a qualquer árvore abraça,
rouba-lhe a verdura e graça
que a primavera lhe pôs.
Cai a flor com que se arreia;
toda a sua glória perde;
a hera só fica verde
à custa da perda alheia.
Esta condição esquiva
tem a pouco esquiva dama,
que àquele que a serve ama
da vida e honra se priva.
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Página publicada em janeiro em 2023
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